domingo, 4 de abril de 2010

A historiografia entre o nacionalismo e a pós-modernidade

É consenso entre os historiadores de hoje que a história deve ser constantemente reescrita, pois, como nos ensinou Marc Bloch, o objeto de estudo da História são os homens e as diferentes sociedades humanas no tempo. Além disso, De acordo com José Carlos Reis, a história deve ser reescrita, seus temas sempre revisitados, seus interpretes sempre questionados, pois o próprio conhecimento histórico muda na sucessão temporal. A cada época, novos métodos, novos objetos, novos olhares, novas questões, novos campos, novas tipologias de fontes, novas experiências. Na concepção de Koselleck, a cada presente, a história atualiza a relação entre futuro/passado. Seria exatamente no entendimento desta complexa relação que se encontra a concepção de tempo histórico. Portanto, temas que podem não tomar muito sentido em outras épocas, abordagens que foram desconsideradas por outros historiadores, fontes que não eram visitadas anteriormente podem ser foco privilegiado da história hoje. Frente a estas questões podemos nos indagar: quais “histórias” estamos escrevendo nos dias atuais? O que é objeto do historiador atualmente? Como o interesse por certos temas do passado expressam nossa preocupação com o agora?

Estas não são questões para as quais conseguimos respostas rápidas e satisfatórias, mas o fato é que nitidamente observamos a multiplicação dos campos da pesquisa histórica nos últimos anos bem como o reaquecimento de debates sobre temas específicos outrora menos privilegiados pela historiografia. O nacionalismo é uma destas temáticas que tem ocupado um bom número de páginas das revistas, teses e dissertações especializadas em história tanto no Brasil quanto em outras partes do mundo. Para Hobsbawn, “a partir da década de 1980 o debate acadêmico a respeito da natureza e da história das nações e do nacionalismo tem sido contínuo”. Quais seriam os motivos para esta preponderância dos estudos sobre o nacional? Para este autor esta presença marcante é fruto de uma era de instabilidade internacional iniciada em 1989 que segundo suas convicções não se pode prever o fim. O fato é que esta era de instabilidade nos mostra que vivemos uma crise das identidades nacionais. Ainda de acordo com o Hobsbawn, a Guerra Fria era uma força estabilizadora do nacionalismo. As grandes potências que não são mais detentoras do monopólio bélico mundial deixaram de ser o centro, provocando um processo de globalização da violência armada a partir de uma nova articulação entre local e global que rearmou pequenos grupos militares pelo mundo e provocou ainda mais a instabilidade pelos quatro cantos do planeta. Governos centrais testemunharam o esfacelamento de seus territórios em dois, três ou mais Estados, como é o caso da Iugoslávia. A Europa que “inventou” o nacionalismo no século XIX, pátria original das nações modernas, assiste a desconstrução da sua maior invenção: a nação. Esta desintegração do poder central em alguns países do globo é um termômetro da relação entre nacionalismo e identidade cultural no mundo pós-moderno.

Para Jenkins, assim como para outros teóricos como Lyotard e Jameson, o pós-moderno é algo difícil de se definir, pois os apologistas do pós-modernismo defendem a idéia de que nada é sólido ou fixo neste mundo. Na definição de Lyotard, o contexto pós-moderno pode ser caracterizado pela “morte dos centros”, “incredulidade ante as metanarrativas”, “anglocentrismos”, “eurocentrismos”, “etnocentrismos”, “logocentrismos”, “sexismos” que já não são considerados legítimos, naturais, reais, mas sim, construções temporais, ficcionais que são úteis para formular interesses que não são universais.
A crise da idéia de um projeto iluminista, de emancipação do homem expressas por meio do humanismo, do marxismo e do liberalismo é resultado da descrença nas metanarrativas que estabeleceram um sentido para a humanidade, fundado na noção de progresso e de civilização. Segundo Jenkins, “o final do século XIX e o início do século XX assistiram a um solapamento da razão e da ciência”.

Retomando o tema levantado no início deste texto, sobre a necessidade de reescrita da história, revisitar o nacionalismo como tema frente a este contexto dito pos-moderno é uma exigência. De acordo com José Carlos Reis, a questão da nacionalidade pode ser encarada a partir de dois pólos destacados por Stuart Hall: essencialismo e nao-essencialismo. Hoje, a visão essencialista do nacionalismo cede lugar às análises construcionistas frutos deste presente descrente na existência de um “ser nacional”. Descrença esta que está conectada ao que se convencionou chamar de pós-modernidade e ao cenário descrito por Hobsbawn. A utopia de “uma” identidade nacional foi colocada à prova por um contexto globalizado que trouxe outra problemática levantada por Canclini: globalizar-se ou defender a identidade? Sobre a pós-modernidade, Jenkins não oferece opções aos historiadores e pondera: o que a história deve fazer para não negar, mas trabalhar e conviver com o pós-moderno? Quais os impactos para a natureza da história e para o trabalho do historiador?
A historiografia brasileira sofre diretamente o impacto deste cenário pós-nacionalista que se redesenha a todo instante, a predominância do regionalismo nos temas das pesquisas é um exemplo disso. Da mesma forma, diversos estudos se concentram em temas que espelham o aparecimento de identidades fragmentadas pelo processo descrito acima. Ecologistas, militantes homossexuais, minorias étnicas, artísticas, religiosas, sociais constroem estratégias de resistência ao processo de globalização, mas são ao mesmo tempo fruto desta.
Esta fragmentação identitária redesenhou de forma marcante o mapa da produção historiográfica brasileira e do mundo, tornou os temas mais pontuais e fez desaparecer as grandes interpretações do Brasil. A nação não é mais vista como uma unidade totalizante. Nasce nos textos de História um Brasil diversificado. Na verdade, nascem a cada dissertação e a cada tese, novos brasis atualizados com o presente também fragmentado pelo encurtamento das distancias e, fundamentalmente pelas reações a ela.

No caso dos estudos sobre o nacionalismo, este presente pós-moderno, no qual a nação se apresenta como uma verdade caindo pelas tabelas, os diferentes projetos identitários para a cultura brasileira são objetos constantemente revisitados. Segundo Koselleck, “ao constatarmos que ao refletir sobre os fatos estamos relacionando com conceitos, (...) tornou-se impossível, embora ainda se tente com freqüência, tratar a história sem que se tenha uma idéia precisa das categorias pelas quais ela se expressa”. É na distancia temporal que se percebe a historicidade das diferentes concepções do conceito de nação defendidos no Brasil. Debate que se mostrou e ainda se mostra tão caro a nossos pensadores, seja no campo da historiografia, da literatura e da pouco explorada musicologia.
Loque Arcanjo

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Marc Bloch e as bases para uma Nova História

Marc Bloch nasceu na França em 1886 e morreu em 1944 assassinado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1929, juntamente com Lucien Febvre, fundou a Revista dos Annales que se tornou o marco de uma nova perspectiva para a produção historiográfica do século XX. Seus colaboradores transformaram de forma radical o modo de produzir história a partir de então. Dentre as obras mais significativas de Bloch, destacam-se Os Reis Taumaturgos: o caráter sobrenatural do poder régio França e Inglaterra e Apologia da História ou do Ofício de Historiador. Este último pode ser interpretado como um manifesto a uma nova história. Este texto lança as bases do que será discutido pela história ao longo do século XX no que se refere à pesquisa histórica propriamente dita. Bloch discute no seu texto, dentre outros pontos, as relações entre o historiador e as fontes ou para usar os termos de Bloch, entre o historiador e seus “testemunhos”, que para ele devem ser pensados sob a ótica do debate sobre tempo histórico. Para Marc Bloch o passado não se modifica, por outro lado “o conhecimento do passado é uma coisa em progresso, que incessantemente se transforma e aperfeiçoa”. (Bloch, 2002, p. 75). Este método regressivo proposto por Bloch está intimamente ligado à defesa de uma postura diferenciada frente às fontes. Para ele, estas não podem dizer por si, por isso o historiador não pode se contentar em apenas registrar, “mas, a partir do momento em que não nos resignamos mais a registrar [pura e] simplesmente as palavras de nossas testemunhas, a partir do momento em que tencionamos faze-las falar [,mesmo a contragosto], mais do que nunca impõe-se um questionário. Esta é com efeito a primeira necessidade de qualquer pesquisa histórica bem conduzida”. (Bloch, 2002, p. 78).
Mesmo os textos mais claros, de acordo com Bloch, “mesmo os aparentemente mais claros e complacentes, não falam senão quando sabemos interroga-los”. (Bloch, 2002, p.79). Além deste fecundo posicionamento metodológico sobre as fontes, existe uma defesa da ampliação do horizonte de atuação do historiador, bem como da ampliação da própria noção de fonte histórica, pois “a diversidade dos testemunhos históricos é quase infinita. Tudo que o homem diz ou escreve, tudo que fabrica, que toca pode e deve informar sobre ele” (Bloch, 2002, p.80). Esta nova história francesa que se revitaliza a cada geração de historiadores revolucionou o fazer histórico ao estabelecer uma critica a noção de documento enquanto “verdade”.
Toda esta mudança de rumos na pesquisa histórica já era apontada por Bloch nos Reis Taumaturgos. Obra escrita vinte anos antes de Apologia da História, em 1924, esta já trazia as bases da revolução que as pesquisas do autor promoveriam na historiografia das décadas posteriores. Um dos elementos que evidenciam isto é a presença de uma ciência histórica construída de forma interdisciplinar. Por meio dos antropólogos James Frazer e Lucien Levy- Bruhl. os estudos em antropologia são uma das bases para o trabalho de Bloch.
A obra de Bloch deve ser compreendida a partir de um contexto particular. As experiências da Grande Guerra foram fundamentais para as mudanças historiográficas dos trabalhos do autor. A critica à historiografia anterior que se pautava nas narrativas dos heróis e das nações como fundamento essencialista da história pode ser vista como resultante da crise pela qual passava a própria civilização ocidental a partir do século XX. O sentido da história proposto pelo positivismo era colocado em questão juntamente com sua universalidade. A busca pelo inconsciente, pelas mentalidades pode ser interpretada como parte de sua experiência no front. “Carlo Ginzburg revelou e analisou a maneira pela qual Os Reis Taumaturgos nasceram da experiência da guerra de 1914-18. Marc Bloch viu ali a reconstrução de uma sociedade quase medieval, uma regressão a uma mentalidade “barbara e irracional”. “A experiência da guerra reforçou em Marc Bloch a convicção de que se a incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do passado, (...) compreender o passado pelo presente”(...) A psicologia dos soldados e dos homens de 1914-18 esclarecerá a atitude das gentes da Idade Média para com o milagre régio.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Livro aborda a história e o tempo


A Editora da Universidade Estadual de Londrina tem a satisfação de informar a publicação do livro História, a ciência dos homens no tempo, do Professor José Carlos Reis, docente da UFMG.
Quem assina o prefácio é João Adolfo Hansen, professor de Teoria da Literatura da Universidade de São Paulo no qual destaca que este livro assume o desafio de pensar sobre o tempo. “Tratando de sua representação pela narrativa histórica, o autor especifica os modos e os meios com que o positivismo, o historicismo, o estruturalismo e a Éccole dos Annales relacionam as linguagens do presente e as durações mortas do passado”. Já o historiador Evaldo Cabral de Mello, responsável pelo texto de orelha da publicação ressalta a competência do autor em revolver o grande tema da filosofia crítica da história: a temporalidade histórica.
O livro tem 256 páginas, o preço é 40,00 e pode ser adquirido diretamente na EDUEL - telefone (43) 3371-4673 – e-mail distribuicao.editora@uel.br .

domingo, 7 de junho de 2009

TEORIA DA HISTÓRIA/ CURSO DE HISTÓRIA/UNIBH/3o PERÍODO

DISCIPLINA: TEORIA DA HISTÓRIA
CARGA HORÁRIA: 72 h/a


CURSO: HISTÓRIA
SEMESTRE: 1º 2009


TURNO(S): Manhã
PERÍODO: 3º


PROFESSOR(ES): Loque Arcanjo


OBJETIVOS
A - Analisar as relações entre história, tempo histórico e verdade na produção historiográfica das chamadas “Escolas Históricas”.
B - Perceber a historiografia ou a história da história como campo autônomo de estudo.
C - Avaliar a história cultural e a crise do marxismo no pós-1989.
E - Analisar as relações entre historiografia e pós-modernidade.
F - Discutir as diversas relações entre historiografia e trabalho docente.


EMENTA:

Análise dos pressupostos teóricos das principais concepções históricas. O Positivismo. O Marxismo. A Escola dos Annales.



METODOLOGIA
Aulas Expositivas
Apresentação de Trabalhos
Seminários


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Unidades

1 -Introdução à história da história
História, temporalidade e verdade

2 - História e modernidade: Positivismo, Marxismo e Annales

2.1- Crise das filosofias da História e a invenção da ciência histórica no século XIX.
2.2 - O Marxismo: filosofia da História ou história científica?
2.3 - Os Annales e as Ciências Sociais: o estatuto de ciência para História.

3 - História e Pós-modernidade
3.1-1968-1988: da história nova a nova história cultural.
3.2-o pós-1989, a crise das metanarrativas e novos paradigmas.
3.3- A História Cultural como produção predominante.
3.4- Atividades referentes à ARPP.


AVALIAÇÃO
· D.A.D. (Desempenho nas Atividades Desenvolvidas): 50 pontos
· A.I.A. (Avaliação Intermediária de Aprendizagem): 25 pontos.
· A.F. (Avaliação Final): 25 pontos.
Exigência mínima para aprovação: 70 pontos

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

· ELIAS, Norbert. O processo civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990-1993. 2 v. ISBN 857110106x

· GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras: Ed. Schwarcz, 1989. 281 p. ISBN 8571640386

· HALL, Stuart. Globalização: compreensão tempo/espaço e a identidade. Em direção ao pós-moderno global. HALL. S. A Identidade Cultural na Pós-modernidade. São Paulo: DP&A Editora, 2003.

· HOBSBAWN, E. Nações e Nacionalismo no novo século. In: HOBSBAWN, E. Globalização, democracia e terrorismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 86-97

· MARX, Karl. Manifesto do partido comunista. São Paulo: Global, 1981. 45 p.

· REIS, José Carlos. A história, entre a filosofia e a ciência. 2. ed. São Paulo: Ática, 1999. 96 p. ISBN 8508058675


BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

ANDERSON, Perry. As origens da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999. 165 p. ISBN 8571105014

FONTANA, José. A Crise de 1989. In: FONTANA, J. A história dos homens. Bauru: EDUSC, 2004. 506 p. (Coleção História) ISBN 8574602000

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 10. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2005. 102 p. ISBN 8574903361

HARVEY, David. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. 7. ed. São Paulo: Edições Loyola, 1998. 349 p. (Temas de atualidade) ISBN 8515006790

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HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA/ CURSO DE HISTÓRIA/UNIBH/7o PERÍODO

DISCIPLINA: HISTORIOGRAFAIA BRASILEIRA II
CARGA HORÁRIA: 72H/A

CURSO: HISTÓRIA/UNIBH
SEMESTRE: 1º/2009

TURNO(S): MANHÃ E NOITE
PERÍODO: 7o

PROFESSOR(ES): Loque Arcanjo

OBJETIVOS :

A - Analisar o conceito de historiografia em Reinhardt Koselleck.
B - Perceber a historiografia como campo autônomo de estudo ou a História da História.
C - Apresentar o tempo histórico na historiografia Brasileira do século XX.
D - Os descobridores e os (re)descobridores da nação: as narrativas historiográficas e a invenção da identidade nacional.
E - Analisar as relaçoes entre historiografia e pós-modernidade.
F - Analisar obras atuais da historiografia brasileira.


EMENTA

História da produção historiográfica brasileira do século XX.


METODOLOGIA

Aulas expositivas, apresentação de imagens, seminários e apresentação de trabalhos em grupo.


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO


1 Primeira Parte: A historiografia brasileira e a construção da nação. (REVISAO)
1.1 O conceito de historiografia em Koselleck: “campo de experiência e horizonte de expectativa.
1.2 A Historiografia como campo autônomo de estudo ou a História da História.
1.3 O tempo histórico na historiografia Brasileira do século XX.
1.4 Os descobridores e os (re)descobridores da nação
1.5 As narrativas historiográficas e a invenção da identidade nacional.


2 Historiografia brasileira e pós-modernidade
2.1 “As nações e os nacionalismos no novo século”: a historiografia entre a nação e a globalização.
2.2 A crise de 1989: a historiografia entre o fim do socialismo e a vitória do capitalismo.
2.3 A crise dos paradigmas ou um outro paradigma... indiciário?

3 A produção historiográfica brasileira contemporânea
3.1 Reavaliando o nacionalismo: a música de Villa-Lobos como invenção da nação
3.2 Relativisando a escravidão-cárcere: “Na senzala... uma flor”, “Escravidão e universo cultural
3.3 Novos sujeitos, micro-análises e narrativa: “Henequim” e “Chica da Silva”
3.4 Atividades Referentes à ARPP


AVALIAÇÃO
· D.A.D. (Desempenho nas Atividades Desenvolvidas): 50 pontos
· A.I.A. (Avaliação Intermediária de Aprendizagem): 25 pontos.
· A.F. (Avaliação Final): 25 pontos.
Exigência mínima para aprovação: 70 pontos


BIBLIOGRAFIA BÁSICA


ARCANJO, Loque. O ritmo da mistura e o compasso da história: o modernismo musical nas bachianas brasileiras de Heitor Villa-Lobos. Rio de Janeiro: E-papers, 2008. 165 p. ISBN 9788576501640

FONTANA, J. A crise de 1989. In: FONTANA, J. A história dos Homens. Trad. Heloisa Reichel e Marcelo F.Costa. Bauru, Edusc, 2004.

FURTADO, Júnia Ferreira. Chica da Silva e o contratador dos diamantes: o outro lado do mito. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. 403 p. ISBN 8535903496

GINZBURG, Carlo. Sinais: raízes de paradigma indiciário. In: GINZBURG, C. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. São Paulo, Companhia das Letras, 1989.

HALL, Stuart. Globalização: compreensão tempo/espaço e a identidade. Em direção ao pós-moderno global. HALL. S. A Identidade Cultural na Pós-modernidade. São Paulo: DP&A Editora, 2003.

HOBSBAWN, E. Nações e Nacionalismo no novo século. In: HOBSBAWN, E. Globalização, democracia e terrorismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 86-97

KOSELLECK, Reinhart. “Espaço de experiência e horizonte de expectativa: duas categorias históricas. IN: KOSELLECK, R. Futuro Passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Ed. PUC/RIO, 2006, p. 305-327.

PAIVA, Eduardo França. Escravidão e universo cultural na colônia: Minas Gerais, 1716-1789. Belo Horizonte: UFMG, 2001. 285 p. (Coleção Origem) ISBN 8570412711

REIS, J. C. Introdução. In: As Identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 2000.

ROMEIRO, Adriana.. Um visionário na corte de D. João V: revolta e milenarismo nas Minas Gerais. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001 286 p ISBN 857041241X

SLENES, Robert W.. Na senzala, uma flor: esperanças e recordações na formação da família escrava - Brasil sudeste, século XIX. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. 299 p. ISBN 8520909868

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR


FONTANA, J. A história dos Homens. Trad. Heloisa Reichel e Marcelo F.Costa. Bauru, Edusc, 2004.

JENKINS, Keith. A história repensada. São Paulo: Contexto, 2001.

HOBSBAWN, E. Globalização, democracia e terrorismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

SCHWARCZ, Lilia Katri Moritz.O espetáculo das raças. Cientistas, instituições e pensamento racial no Brasil: 1870-1930. São Paulo, Companhia das Letras, 1993.